sábado, 1 de março de 2008

cuidado com o cachorro bravo.

E veio o fim de semana aqui nesse lugar .
E as casas ,prédios,edifícios vazios e as ruas vazias com os tumbleweeds que eu adorava rolando pela calçada que nem filme velho de faroeste foram tomadas pelos habitantes de Gotham num átimo.
Mas aqui não é Gotham .Esse lugar se chama Praia Grande e em quase um ano mudou muito: dá pra se sentir meio Scarface por esses lados com suas palmeiras tremulando pela avenida que brotaram (prefeito lunático que quer tornar essa cidade a Miami do Terceiro Mundo) e o sentimento brega-80´s-thrash-crime-decadência se acentua com os que vem da cidade grande povoar esse mundo com grana ,trepadas mal dadas e crack;e devo dizer que ela fica interessante desse jeito.A cerveja aumenta em todos os lugares ,e deve se fazer um estoque com bebida de supermercado na geladeira.
As coisas estavam complicadas já há um bom tempo.De Doritos ,você tem que procurar preços menores ;então do Doritos você passa pro Yokitos presunto e do Yokitos pro Fofura,do Nissin Lamen pro miojo do Tom e Jerry que você pega numa cesta de promoção e que vence daqui a dois dias .E assim vai ...
Foda-se.Tô ótimo.
Cerveja,vinho e vodka no começo .Depois só cerveja Sol de 0,79 cents num supermercado perto do Forte .
E esse seria o meu fim-de-semana.Saindo com o ùltimo Latão de Skol na mão e uma Sol enfiada no bolso de bermudão-90`s e camisa do Social Distortion .
Quase um local...
A medida que acabava ,eu voltava e fazia outra viagem .
Era meia noite e tava perfeito para sair .
E lá fui eu a andar pela calçada da praia .Miami era um lugar interessante de noite.O sentimento na minha cabeça era amargo e de uma terrível tranquilidade ,essa a de estar sozinho num lugar que não te conhece.Mas ,aos poucos fui vendo que aquele lugar era mais íntimo meu do que parecia e seus flashbacks e imagens gloriosas se formavam em todos os lugares que avistava, a areia que a brisa do mar levantava e enchia minha meia grunge ...
Cabeça longe e ao mesmo tempo a menos de metros dessas lembranças.Suspiro.Bebo a cerveja.E as pessoas vão passando por mim e buscando algo.
Nos quiosques ,que durante a semana não se toca muita coisa a não ser a FM preferida do dono ,no fim de semana o Cd da Ivete Sangalo é tocado insistentemente :e lá você imagina aquela tesuda-coxuda cantando a sua música merda e broxante(o que é um contraste,né?!) pulando e gritando aqueles gritos bem mecânicos de shows ao vivo "Sai do chão!!", e eu "amo vocês!!".
E os quiosques se enchem.Melhor assim.O povo precisa viver nessa relação de ódio e amor com Gotham.E as calçadas precisam ficar mais vazias para se andar com gosto de algo na boca.
Um som ecoava num deles.Uma guitarra inconfundível.E vinha dum quiosque perto .Bob Marley e nada mais ,nada menos que a minha música preferida do rastafari :Buffalo Soldier.
Nossa ,como era bom ouvir algo bom e que eu gostava depois de horas e horas enchendo a cara com a trilha sonora do inferno por essa noite maldita e divertida .
E eu ,eu cantarolava a letra na calçada com as palmeiras e flutuava nos céus como Charlie Brown fez quando dançou com a garotinha ruiva e nem se lembrou.

" I'm just a Buffalo Soldier in the heart of America,
Stolen from Africa, brought to America,
Said he was fighting on arrival, fighting for survival;
Said he was a Buffalo Soldier win the war for America"

Eu cantarolo e falo sozinho que nem xarope .Sabe aqueles retardados que ficam mexendo os lábios na multidão fazendo guitarrinha na empolgação??Pois é.Quando era pequeno ,uma tia filha-da-puta veio dizer para a minha mãe que eu poderia estar com "distúrbios".
E quando o meu olhar e o som se coincidiram em harmonia ,uma garota que bebia com uma amiga no quiosque ,cantarolava a canção e naqueles momentos clichês de filme teen-sessão-da-tarde ,desviou o seu olhar em câmera lenta com os lábios no "yoy ,yoy yoy" de Bob Marley.As letras e olhares se cruzaram.E ela era linda ,com o seu cabelo preto preso numa piranha com uma blusa branca e saia verde-escuro que balançava com o vento.
Eu passei olhando,desviei por um momento o olhar e despejei cerveja Sol na goela.Uma cerveja na goela,um momento bom :a vida é feita de troços assim .
E lá fui eu andar .Claro que ia voltar .
Não ,não podia beber no quiosque ,só se fosse tomar uma água de torneira pelas condições.Voltaria pro apartamento ,carregaria mais cervejas nas mãos e bermudas.E beberia olhando para a garota mais linda e interessante de Miami.
Voltando lá,tinha gente no calçadão e agora a noite era dos que são filhos dignos dela:tinha um travesti meio coroa fazendo ponto no banquinho ,nóia de Gotham com os olhos perdidos no mar e os bebuns de cerveja em isopor .Um bando deles me cumprimentou e eu acenei de volta .Sentei num banquinho de frente pro mar a poucos metros do quiosque e a garota.
E lá fiquei admirando ela e como isso tinha um sabor eterno...
Como as garotas na época do colégio que passavam em grupo na hora do recreio por nós :muleques sujos de camiseta Hering branca-suja e calça Adidas falsificada do Paraguai ,sentados na arquibancada mais escura onde tinha sombra, olhando a beleza e não se preocupando em tê-la,porque,caralho era bom olhar e pensar nelas!!
Inconscientemente ,(não)sabíamos que nunca teríamos essas garotas porque elas nunca nos escolhiam na dança da vassoura quando tocava Tracy Chapman cantando "Baby can i hold you"e nós ,nós éramos os que dançavam com as amigas que eram como trutas nosso de quebrada e fatalmente elas,elas eram secretamente apaixonadas por você e depois de dez anos se tornariam as mulheres mais lindas e gostosas do mundo.
A nossa vida é um maldito filme teen dos anos 80.
E lá, na festa do bairro na casa de alguém ,tocava um vynil e elas estavam com as cabeças pousadas no peito de algum cara meio atlético que tira foto fazendo Hang Loose,e nós ,os garotos sujos das arquibancadas escuras, assistíamos essas cenas com as luzes batendo na nossa cara, bebendo nossa Groselha Vitaminada Milani .E é engraçado como as mulheres apaixonadas com os seus olhos fechados e com as cabeças pousadas e entregues nos braços de algum cara da escola que a gente odeia, irônicamente se tornam as imagens mais belas e dolorosas acompanhando a groselha que falta acúcar...
-Vamos pegar mais groselha??-eu sempre dizia para eles levantando do violento espetáculo de sadomasoquismo.Pra quebrar o gelo,sabe comé quié...
E lá estava eu olhando as luzes.A amiga dela de costas óbviamente mais extrovertida, gesticulava e ela ,divertida e mais contida ,mantinha uns comentários.Elas comemoravam algo certamente e eu de uma certa maneira,entendia que aquela viagem era importante para ela.Todas as viagens são.
Eu,que me esqueci todos esses anos que não estava mais na arquibancada do colégio, encarava essa beleza sincera dela diretamente com goles de cerveja .Ela percebeu e uma hora não desviei o olhar .Ela riu ,disfarçou meio constrangida e prestou atenção na conversa da amiga .Depois olhou de novo.
Ok,eu deveria estar parecendo um psicopata bebendo as 3 da manhã com alguns nóias no banco a minha volta em busca de crack...
Um outro bando (que óbviamente eram de lá) me deram um alô com a cabeça de respeito :uma mulher loira, alta e feia com o cabelo descolorido de água oxigenada bem malfeito acompanhada de um senhor calvo e cheio de tattoo de prisão com uma pinga na mão.
Ok,agora com esse comportamento encarando a menina tô também parecendo traficante de Gotham no banquinho de praia.Andei um pouco e sentei no canteiro e fiquei olhando o mar .
Num dado momento ,vi as duas guardando algo no quiosque e foram em direção ao mar .Pude ver melhor o corpo dela:aquele corpo que não era exatamente magro e que através da blusa branca mostrava uma dobrinha na cintura sem vergonha alguma de ser mulher e aqueles peitos firmes que pareciam ser grandes e lindos quando se tira o soutien e aquele corpo que te deixa de pau duro na hora ;eis ali uma mulher linda e com uma beleza sincera ,tangível e do jeito só dela.Gosto de belezas particulares;ela não deve ser a mina da "facul" que os homens de colar de bolinha de madeira ficam falando xavecos quando passam pela pista.Ela me pareceu mais linda ainda andando na praia.
O vento balançava a saia dela .A amiga se jogou no mar .Ela ficou olhando a amiga se divertindo na beira da areia parada onde a água só molhava os pés : e a outra ,estava completamente bêbada e alegre se debatendo no mar e jogando água com as mãos para o alto .Ela ,ela olhava .A amiga saiu do mar com os braços abertos em direção a ela dizendo algo.Não ,ela gritava.Ela sorria em direção a minha garota do "yoy yoy" e eu via o sorriso daquela distância.Se abraçaram de um jeito terno ,de amizade sincera ,daquele jeito que se diz"eu tô com você para sempre".Levantava o braço.
De alguma forma ,as palavras que a amiga falava quebraram o gelo da outra mais contida e ela foi de mão dadas com a outra para as águas do mar .E ela se jogou graciosamente naquele mar lindo de madrugada ,com as ondas batendo no seu corpo.Não se sabe o que falavam ,não se sabe o que a outra disse para a minha garota ,mas ela se jogou no mar .Se entregou .Aceitou.
Enrolava o cabelo solto molhado atrás da cabeça daquele jeito gracioso que só as mulheres sabem fazer.
Eu vi aquilo do canteiro da calçada.Tirei meu chapéu e deixei o vento bater no meu cabelo que tinha acabado de cortar e percebi que fazia tempo que não ficava com o cabelo mais curto.
Quando vi,eu sorria.Por elas.Por seja lá o que elas passaram.O que será que a detinha de entrar no mar e se jogar com a outra desde o começo?Lá ,eu vi esse momento de redenção na minha frente ,dela se jogar no mar e abraçar sua amiga.Ela ,ela sorria contente jogando água com a outra no mar .
Eu balancei a cabeça sorrindo.Roubava um momento importante da vida de alguém.
Decidi que era hora de deixá-las e que iria andar mais nessa madrugada estranha.Como eu gostaria de conhecê-las ,mas não sabia como .Amanhã ,procuraria de novo elas de noite no quiosque .Pra olhar talvez...
Andei ,andei .O vento mais forte.Houve uma hora em que não haviam mais travecos,nóias ou gente ;só alguns carros que passavam em direção a lugar algum no meio da avenida de palmeiras e alguns casais trepando na areia do mar.E eu pensando na garota e em como ela ficava linda com os cabelos soltos molhados pelo mar daquela distância.
Voltando do Forte pra casa ,vi um grupo de cinco caras brotar na minha direção e essa situação é tão rápida e desprovida de alternativas que você caminha pro seu próprio destino se for esperto e não demonstrar nada.Talvez não sintam cheiro de sangue.
-Ò,o naipe desse aí ,ó.-risadas
Fudeu .Uns três metros antes de passar já soltam essa .Caras meio grandes .Tattoos tribais mais batidas que catálogo de tatuador da República."Vô tomar um pau sarado e nem tô preocupado."-pensei na hora.
-Cê é roqueiro ?-um grita
Eu nem viro,mas é inútil e já sei o que vem em seguida .Caralho,tô trançando as pernas.E eu não sou esse caso miraculoso de bêbado que bebe e vira diabo.Eis aí a qualidade da cachaça , da vodka e da cocaína te colocar o inferno na tua cabeça.
-Ô,tô falando contigo .
Tomei uma voadora nas costas.Bati com a cara no chão legal.Um monte de risadas.
Eu me levanto :tá difícíl de pensar ,mas o chute dessa moça só machucou por que eu caí de cara num calombo da calçada que o prefeito mandou fazer.Devia reclamar pro prefeito que em Miami não tem isso.A cabeça girava.A menina dançando no mar me lembrou uma garota muito mais linda e maravilhosa que jogaram uma vez na piscina numa festa e eu fiquei puto,mas Deus ,como ela ficava linda daquele jeito com os cabelos molhados .E lá eu caminhando torto,levando porrada e pensando nisso...
Deixo que se fosse só isso que essas cinco moças tem para oferecer ,tá bom.
Atravesso a rua meio torto e eles me seguem bem "horrorshow".Chego do outro lado da rua.Passo a calçada ,quase tropeço .Viro.
Um soco no peito.Esse até que deu pra sentir ,deu uma ardida e talz.Mas esses merdas não batem bem.Eu me desequilibro e caio num degrauzinho .Bato a costela bem no meio da quina do degrau e a boca em outro acima.Dois degraus feitos milimétricamente por um puto dum arquiteto desse futuro prédio para fuder um dia futuramente com a vida do velho Belmont.
Sangue na boca.Cuspo.
Ah,foda-se.
Dou uma cuspida.Sento no degrau resfolegando.Digo meio sorrindo, tipo herói de anime clichê .Falo de algo que tinha acontecido ,só que sem os socos e sangue .Era igualzinho ,da época de garoto sujo de arquibancada.
-Ô ,seus boy filhos-da-puta se vocês vierem mais uma vez pra cima de mim ,vão ter que matar tá ligado?Vão estragar sua vida .Tem que me matar .
Risada de hiena.Todos.
"Alá!!Hahaha!!"
-Porque eu vou morrer aqui nessa briga e vocês vão me dar um pau do cacete ,mas eu vou pegar um e não largo mais :vou agarrar um pra Cristo ,catar a cara e enfiar todos os meus dedos no olho do filho-da-puta até arrancar pelo menos um .Morder orelha e arrancar fora.Não é difícil mesmo.
Um demônio falava de verdade dentro de mim.Era verdade ,a gente sabe quando chega a hora e faz que nem o Kitano em "Brother" :larga o dinheiro no balcão e sai pra derrubar na bala pelo menos um.
Um só riu .Eu disse diferente daquela época.
-Ih ,deixa esse bosta .
-É ,não dá nem pro cheiro.
-Falô ,rockeirinho de merda.
Dei uma risada ,fechando os olhos e balançando a cabeça.
Que bando de cusão do caralho.Se roubassem meu boné vermelho do NY tavam mortos e cegos.
Sentado no fim do degrau e numa parte plana ,um cachorro feio e mulambento com cara de poucos amigos me olhava da escuridão.
Me lembrei dele quando andava pela praia essas tardes e achava engraçado o jeito torto que escreveram numa parede de construção do prédio "cuidado com o cachorro bravo":era um cachorro até pequeno mas que intimidava pela sua postura e os caras da obra deviam cuidar dele por alguma razão.Para ninguém entrar e zoar a obra.O cachorro era cinza ,com os pelos todos grudados numa sujeira só .Uma barbinha branca toda desgrenhada e dentes bem respeitosos.Me olhava sério para proteger o território.
E lá estava aquele cachorro me olhando.Além de tomar um pau ,levaria umas mordidas e pegaria raiva de um sabujo bem vagabundão e simpático.
Forcei os olhos e vi que ele me olhava ,mas balançava o rabinho...
Eu assobiei
"Fiu...".
Assobiei?Foi ,assim mesmo.
E lá veio ele em minha direção todo bobão .Passei a mão na sua cabeça meio assustado e ele se apoiou nas duas patas e me lambia todo .Eu ria ,ria como uma criança.
-Voxê é uma fera né,rapaz!Nè ,cachorrão bravo!-dizia fazendo aquela voz infantil que dono de cachorro faz .
Nossa ,ele fedia muito.Mas era meu amigo.
Fui andando meio torto pra casa e ele me acompanhou até a esquina da construção.Parou e ficou balançando o rabinho me olhando.
Fiz um gesto.
-Vai Guerreiro,volta pro seu castelo,vai.Eu é que me curvo para você.-disse que nem Aragorn.
Fiz uma reverência e baixei a cabeça.
Ele latiu .Ficou me olhando.
Atravessei a rua com a mão na costela.Ele voltou depois de pensar muito em direção a construção, meio que em dúvida.
Coloquei as mãos no bolso .Nem roubaram meus dois reais!Tinha um quiosque com o som de um radinho e um cara empilhando umas cadeiras.
-Ô tio,me vende uma cerveja por favor !
Ele me olhou.Se aproximou.
-Cê tá bem ,filho?Que que foi isso??
-Ah,isso?-passei a mão na boca .Filetezinho de sangue.
-È,e na testa também.
Tinha um cortinho daqueles bem gostoso de passar a mão :uns risquinhos meio sangrentos na horizontal meio tortos que ficariam umas casquinhas bem fininhas e gostosas de arrancar na insistência.
-Num foi nada não,Tio.
Sò a costela me doía.Arquiteto puto do caralho .
Conversei um pouco com ele e expliquei.Balançava a cabeça em reprovação tipo a minha mãe.Ele me vendeu uma latinha .Agradeci para caralho que nem bêbado agradece para constranger.
-È seu?-apontava atrás de mim.
-O que ???
E lá estava meu amigo me olhando do meio da rua .Meio curioso.Balançava o rabo meio lento
Passei a latinha gelada na boca sangrando e na testa como os heróis do Domingo Maior faziam de um jeito canastrão.
"Fiuuuu!!!"
E lá veio ele em minha direção correndo.Foi andando do meu lado na calçada.
Eu ,bêbado e um pouco meio dolorido com o Guerreiro me protegendo.Lado a lado.Deve ter sido uma cena engraçada.
Logo ,em meia hora ia amanhecer e eu não queria ver esse dia acabar com a luz.As garotas não estavam lá mais.Me despedi com pesar do Guerreiro.Ele me viu subir os degraus do prédio e depois foi embora.
-Valeu ,amigo.
O porteiro morrendo de sono ,mumunhou algo pensando que era com ele.
"Não ,meu amigo eu falava com o cachorro ,viu!!?"
Hehe...
Na noite seguinte ,sentei lá procurando elas com aquela cara fudida e um cortinho dentro do lábio por dentro que eu ficava passando a língua a toda hora.Sentei no canteiro de novo e nem me preocupei com os boys de merda naquela noite:já tomei porrada de skin ,de polícia e mais um monte de gente e aqueles boys covardes e cusões eram os piores do meu currículo .O impressionante é que pensando agora ,sem exagero nenhum digo que foi insignificante.Ninguém percebeu .
Nunca mais as vi naquelas noites que fiquei sozinho lá até uns dias atrás.
Nunca esquecerei o momento que roubei delas.

10 comentários:

  1. nossa cara ..se nao tem dó hein..esse eh muito grande...tem de ter paciencia pra ler...rsrsrs

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  2. hehehe!pois é ,acho que deveria ter cortado numas 6 partes que nem na tela quente e com comerciais!!sei lá ,ás vezes baixa um santo na gente...
    acho que vou ficar umas 2 semanas sem escrever!!dosagem:leia uns 3 parágrafos por dia!

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  3. cara..de repente...ontem...depois de embriagar-me ...dei-me conta...que estava no tio do dogao...primeira vez sempre eh inesquecivel...mas comer de colher foi foda ...rsrsrs

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  4. Já que as pessoas andam entrando sem bater, resolvi dar uma espiadinha por aqui também.

    Só me dei conta que o texto era tão grande depois que terminei. Você escreve com uma graça envolvente, rs. Adorei: "prefeito lunático que quer tornar essa cidade a Miami do Terceiro Mundo" e "A nossa vida é um maldito filme teen dos anos 80".

    Camiseta do Social Distortion se encaixou perfeitamente. Pareci que eu assisti a um filme, rs.
    Groselha vitaminada milani... nunca me esqueço do jingle!

    Ah... além de ter sido bem compatível esse episódio com minhas experiências em Praia Grande.

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  5. comer de colher é muito estranho!eu ficava olhando para aquele troço e não entendia nada ;mas fala a verdade :é impossível comer aquele monstro só com as mãos,né!?agora tenho testemunhas!
    mas que mata a fome ,isso mata....

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  6. poxa ,valeu 3pontinhos;ou deveria chamá-lo/a "reticências"?talvez só para os íntimos...
    lembra do jingle?nossa,coisa guerreira essa ,hein!?respeito.
    olha ,como o nosso amigo fernando disse ,pode entrar porque a porta tá sempre aberta(apesar que a princípio eu era meio avesso a visitas e não entendia,mas agora já acostumei e curto mesmo ) ,mas não repara nas latas de cerveja acumuladas nas pias e do lado da tv...
    ah e bate só depois do meio dia!hehe...
    ps:conhece Miami?e que experiências são essas?
    um abraço.

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  7. entra aeh...http://liliuetliricu.blogspot.com/2008/03/coments.html

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  8. Ops... Dei uma sumidinha.

    Acho que freqüento a Miami do terceiro mundo antes mesmo de ela chegar nesse louvável patamar. Você se recorda de um caso, uns carnavais atrás, de uns menores de idade que estava quebrando carros na avenida da praia? E que depois a equipe de reportagem até entrou num prédio pra dizer que era onde os caras moravam?
    Bom, quando por lá estou, lá mesmo que fico. E esses eram os caras com quem eu jogava ping pong. Rs. Não há como me esquecer desse apelido peculiar: Diombas, e seu fiel escudeiro, Diego. Uns babacas, no mínimo. O segundo era meu vizinho, colocava uns funks altos mais ou menos às duas da manhã. Antes disso, a balada em sua casa fervia com aquele cheiro de churrasco de gato e o manjado pagodão. Mas o que sempre me questionei foi como conseguiam colocar tanta gente em um apartamento só: dois quartos e 11pessoas (contando as gêmeas, que, na época tinham uns 4 anos). Mas é claro que isso tudo é muito comum naquele lugar.
    Enfim. Coisas muito estranhas acontecem naquele prédio. A freqüência é interessantíssima. Como por exemplo a gangue das loiras de cabelo chapado de piercing no umbigo. O exército têm crescido, juro que tenho medo que dominem o mundo. Se bem que duvido que suas capacidades as permitam planejar qualquer coisa que não seja onde/quando baterão o próximo boquete. Eram todas iguais (e se esforçavam para serem), contudo, suas idades variavam de nove (triste, cara) até uns vinte anos.
    Ah, claro. E tem a feirinha, que é o POINT da cidade! "Lugar de gente bonita e muita azaração"! Só não é melhor que o Chato amizade...
    Que antro de deformidades! E em qual outro lugar eu haveria de estar senão lá, certo?
    Praias horríveis, gente detestável, música digna de ser tocada em casos de tortura (quem me dera tocasse Bethoveen...)!
    Até me cansei dessa coisa sem novidade =P


    Chame-me do que quiser.

    PS: Posso fazer uma pirâmide com essas latinhas?

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  9. olha ,eu adorei isso:
    "a gangue das loiras de cabelo chapado de piercing no umbigo".
    daria um bom nome de filme thrash-sexploitation-60´s ou de banda alternativa.
    acho que me recordo desse incidente(aliás ,são vários todos os anos).nove anos é triste mesmo...
    diombas?que origem tem esse apelido?minha mente se ocupa com essas coisas obscuras ...
    sabe uma coisa que não entendo?essa coisa do "funk"(se bem que acho um sacrilégio chamar aquilo de funk)?os caras saem com aquele som horrível no talo nos carros turbinados pelo dia inteiro tocando aquela porra e olhando se cata umas menininhas com o braço pra fora;cada um ouve o que quer ,mas a mulher que dá para um cara desses,tipo essa famosa "gangue" ,sei não...
    merecia como castigo se transformar numa loira de cabelo chapado com piercing no umbigo e condenada a vagar por Miami como zumbi.
    resposta:pode sim,mas eu sempre tento e derrubo na quinta coluna...
    sou meio desastrado...

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